sábado, maio 19, 2007

II Maratona Internacional Idanha-a-Nova/Zarza la Mayor



Mapa e Perfil da Meia-Maratona:


Reportagem emitida em 24/05/2007 no programa Portugal Directo, da RTP


O meu Relato(Varadero):

Andava à já algum tempo a treinar e a mentalizar-me para ir aos 100Km nesta maratona, mas o calor e a dureza do trajecto foram mais fortes e o homem da marreta lá apareceu um pouco antes da chegada a Salvaterra do Extremo.
Para ajudar a minha decisão de ficar pela meia-maratona, dei uma queda na calçada romana a descer para o Erges, que me deixou um pouco arranhado e algo dorido e sem vontade de seguir. Assim quando cheguei ao Rio Erges, tirei os sapatos e fiquei um pouco de molho, à espera do PJFA e do João que estavam um pouco mais para trás. Eles também se juntaram a mim na água e depois lá seguimos até Zarza, onde uma menina Espanhola me fez os curativos nos braços. Eu e o João fomos embalar e colocar as Bicis no camião e fomos para o Autocarro que nos levou de volta à Idanha, numa viagem de 1h. O PJFA teve direito a transporte particular, a esposa dele foi lá busca-lo.

Em relação à prova:

Gostei muito do percurso, com paisagens muito bonitas e trilhos de todos os tipos.
As subidas não eram muito duras nem longas (se não fosse o calor a deitar o pessoal a baixo!)
Os 2 primeiros abastecimentos e o de Zarza estavam muito bons, o de Salvaterra é que foi a excepção com a água racionada a 2 garrafitas de 0,25 por participante e um presidente da Junta mal educado, que tinha acordado com os pés de fora!!!, e depois a água acabou mesmo e houve pessoal que não teve direito a este abastecimento. Foi uma falha grave, até porque este abastecimento era depois de uma longa extensão muito quente e o pessoal vinha quase todo sem água!!!

Os banhos estavam bons e com água quente.

O Jantar estava muito bom e deu para comer bem, pena não haver umas cervejas! Havia água, sumos e vinho tinto!

A minha bici chegou pelas 20:20 num grande camião, bem acondicionada e sem mazelas.



Relato de pjfa - Homem do Coiote (e da buzina)
A expectativa era grande para esta 2ª edição do Idanha/Zarza.
No ano anterior apenas não participei por ser em Julho mas, como se veio a confirmar, quer seja em Julho, quer seja em Maio, a Raia tem destas coisas: calor tórrido e parca em sombras.
Tinha combinado com o João fazer os 50kms. O restante pessoal do costume tinha outros objectivos ou grupos já formados: Varadero ia para os 100kms - juntamente com o David, a Tê juntou um grupo de 6 companheiras. Viríamos a encontrar, pelos trilhos, o Marco - que nos acompanhou um bom pedaço - assim como o Agnelo - na sua belíssima SingleSpeed.
Chegados a Idanha - 8h00, tempo para ir levantar os dorsais. Estivemos na fila uns bons 20 minutos e deu para ver algum pessoal conhecido: Polegar, Bravellir, Marcelo.
Já com a "papelada" na mão, fomos preparar as bicis.
Confirmar se estava tudo em condições - rodas bem apertadas, dorsal no sítio, mochila com os zip fechados, Coiote em posição e equipado com o seu cachecol com as cores nacionais e... buzina a funcionar a 100%
Ali, junto à Biblioteca Municipal, deu-se início a um despique (entre buzinadelas, entenda-se) com o Conguito - um abraço para ele e para a Vera.
Tudo preparado?
Vamos lá.
Fomos em direcção ao local de partida e ficámos junto à mini-rotunda onde se juntou uma trupe de buzinas - que festival.
Cumprimentar o pessoal, tirar umas fotos e esperar pela partida - que foi adiada 30 minutos.
Próximo objectivo: encontrar uma sombra (que às 9h00 da manhã, já se sentia o que estava para vir).
Estacionámos mesmo à frente da linha de partida. As nossas meninas foram entrevistadas pela RTP (se virem um "emplastro" com um Coiote no capacete - sou eu!!!).
Bem, as 9h30 já eram e o pessoal da organização - após o breafing onde se alertou para vávios pontos mais sensíveis - lá deu a buzinadela (pelo menos tentou) para dar início à aventura.
Despedi-me da Poppi - ela que fez o passeio pedestre (aqui mais uma aventura para relatar).
O início decorreu pelas ruas de Idanha, onde a população fez questão de marcar presença e aplaudir o pessoal.
Após 2/3kms de alcatrão, lá entrámos naquilo que mais gostamos: Mato.
Caminho estreito, com dois trilhos e uma vista já fabulosa. Aqui, as sombras ainda abundavam.
Primeira indicação de descida. Que espectáculo de trilho. Com mais ou menos cuidado, lá se ia descendo e apreciando as vistas.
Primeira paragem para fotos onde apanhámos: Aldo, Alf, Mr. Orbea e Conguito (julgo que referi todos).
A partir dali, sempre a descer até à barragem.
Fenomenal.
Primeira subida e primeiros apeadeiros. Muita gente já a empurrar a bici neste início de percurso.
Após papar o alcatrão que separa o paredão da barragem do parque de campismo, entrámos num trilho muito bonito onde o cereal deveria ter +-1,50m.
Mais à frente, grande aparato: o que seria?
Era, nada mais, nada menos que uma rampa (será que alguém conseguiu trepar aquilo a pedalar?).
Do outro lado, paragem para fotos.
Troco umas palavras com o Marco e com o Luís.
Seguimos, agora em piso mais rolante e plano. Tempo ainda para falar com o Rui e com o Marcelo.
Antes da ZA1 de Alacafozes um single muito bom.
Após beber 2 águas, seguimos para uma parte com mais descidas rápidas mas menos técnicas que a primeira.
Nota negativa para o lixo que alguns &#"$± teimam em deixar à sua passagem.
No fim da descida - feito em ritmo "alegre" - primeiro engano. Era para virar à esquerda!!! Sorte terem sido apenas alguns metros.
Mais à frente, primeiro espelho de àgua. Aproveitámos para tirar umas fotos ao pessoal que ia passando, e brindá-los com umas valentes buzinadelas.
Mais um pulinho e chegámos a Toulões - ZA2.
Abastecimento farto: águas, bolos e fruta.
A partir daqui, seria o calvário.
Subir, subir, subir - com a barriguinha cheia - é penoso. Se feito debaixo de sol intenso, ainda é mais. Este troço (Toulões/Salvaterra) foi muito difícil para mim, por vários motivos:
- acabou-se a água
- o sol apertava com toda a força
- as sombras eram escassas
Neste troço, pedi ao João para parar três vezes. Precisava de sombra, os meus pés ardiam, e o meu estômago pedia-me alimento (isto ao KM47), pouco antes do 2º controlo.
Abancámos debaixo de um arbusto durante uma boa meia hora. Ao longe, avistávamos Salvaterra e o Castelo de Penafiel.
Após recuperar, lá seguimos.
A próxima paragem foi a Fonte Joanina de Salvaterra, depois de ter feito a calçada todinha a pedalar e a buzinar ao pessoal.
Após refrescar, seguimos até ao abastecimento da ZA3 - Salvaterra do Extremo.
Aqui, a única surpresa desagradável: o abastecimento. Após largos kms debaixo de sol intenso e de um troço demolidor, apenas 2 garrafitas de água por participante, ainda por cima de 0,25l
Perguntámos se haveria uma fonte por perto e responderam-nos que, junto à ponte, existia uma fonte - o que não se veio a confirmar.
Após colocar nos bolsos da camisola uma água, duas barras energéticas e dois bolos, lá fomos curtir os melhores kms da Maratona: a Calçada Romana.
Já tinha ouvido falar dela mas, andar nela é simplesmente uma experiência óptima - e com 140mm de curso, ainda melhor.
Se as vistas ao longo da descida são arrebatadoras, o percurso é ainda melhor.
Feita a descida, o Penatabua brindou-nos com um single junto ao Rio Erges. O segundo melhor ponto da Maratona. Claro que foi necessária alguma mão de obra (carregar a bici) para ultrapassar alguns obstáculos mas valeu a pena.
E, a cereja no topo do bolo, após a descida e o single: refrescar-se no Rio Erges.
O Varadero já nos tinha telefonado a dizer que estava à nossa espera, ainda o João e eu não tínhamos chegado à Fonte Joanina de Salvaterra.
Foi o momento mais refrescante do dia. Passar uma boa meia hora com os pés no Rio e conversar com o pessoal, para além de buzinar aos autocarros que faziam o transporte de volta para Idanha, desde Zarza.
Bem, não podíamos ficar ali o dia todo.
Faltavam apenas 3/4kms até Zarza e a Poppi já deveria estar à minha espera.
Eram 14h45 quando o João, o Varadero e eu demos por concluída a nossa participação nesta Maratona. Fomos brindados com as fotos da Poppi e com a fonte que serviu para refrescar, mais uma vez, o pessoal.
Tempo para beber um sumo, duas àguas e comer duas barrinhas.
Ainda nos mantivemos na praça algum tempo, para recuperar, relaxar, ver o pessoal chegar e ficar por ali ou continuar.
O João e o Varadero foram para os transportes, a Poppi e eu esperámos pela Tê.
Tempo ainda para cumprimentar o Penatabua e deixar Zarza com as últimas buzinadelas da praxe.
Para o ano, há mais - só espero que seja em Março ou Abril.
Fotos @ pjfa



Fotos @ Poppi - inclui Passeio Pedestre

6 comentários:

disse...

Lá estarei!
Espanha, aqui vou eu e mais cinco mulheres em força!
A Poppi que nos espere para tirar umas fotos à chegada!
Eh! Eh!

Anónimo disse...

Uma maratona com paisagens lindissimas não pode ter uma organização "escola aventura " tão má, a falta de agua em determinados pontos do percurso é imperdoável e quando mais se precissa dela em Salvaterra do extremo temos alguém da junta de freguesia a dizer que só podemos beber 2 garrafas???, mas o pior foi ter que esperar mais de 2horas pela minha CANYON TORQUE e quando finalmente chega não vinha protejida com nada, nem plastico nem papelão, grande palhaçada esta organização.
Nota positiva para os amigos de Castelo Branco , que lá me iam animando pelo caminho debaixo de 33graus de temperatura, e com esta canyon de 16,5kg que apesar do peso dá um prazer imenso de conduzir pelos trilhos, mas com tanto calor é complicado.

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o relato que coincide com o que eu também escrevi sobre o tema.
Embora não tenha participado, fui um espectador entusiasmado.
Se estiverem interessados em saber alguma coisa sobre Toulões, visitem o meu sítio onde poderão ver algumas fotos da prova, incluindo uma do homem do coiote e da buzina, que com o endereço deste blog no capacete não podia passar despecebido.

Saudações de Toulões.

Anónimo disse...

Bom dia,
O ATV vem divulgar a todos os amantes de BTT a Maratona ATV, a realizar no dia 10 de Junho em Torres Vedras. O percurso terá 40km ou 80km (à escolha) e almoço para os participantes que o desejarem. Para mais informações ou inscrições, visitem www.atv.pt.
Agradecemos a divulgação do nosso evento.
Obrigado

Anónimo disse...

SÁBADO 19-05-07 2ª MARATONA INTERNACIONAL IDANHA-A-NOVA – ZARZA LA MAYOR - 111 Km.:

Hola, compañer@s de pedales.

¡Me gustaron mucho vuestras fotos!!!

Mis fotos de la 2ª maratona las podéis ver en:

http://community.webshots.com/album/559164281vOHTBb

Aquí abajo os pongo las estadísticas y la crónica de aquél día. ¡Espero que os guste!!!...


Distancia: 60,31 Km.
Desnivel: 1.140,23 m.
Pendiente media: 4 %.
Pendiente máxima: 20 %.
Cota máxima: 404 m.
Temperatura: 32º C - 44º C.
Tiempo movimiento: 4h 04’ 36”.
Tiempo total: 4h 56’ 42”.
Tiempo parados: 52’ 06”.
Velocidad media en movimiento: 14,79 Km./h.
Velocidad media total: 12,09 Km./h.
Asistentes: 1.000 inscritos en total, 568 para los 111 Km. (mi caso) y 432 para los 60 Km. Al final, debido al terrible golpe de calor que sufrimos, sólo acabaron los 111 Km. 185 personas. El resto, 258, nos retiramos y sólo hicimos los 60 Km. de la media maratón. En esta marcha conocí a Rafa y Miki del Club Ager (Badajoz) y a Jorge y Javier de Cilleros (Cáceres). Mi dorsal era justo el último: el número 1.000.

Estupenda ruta muy bien organizada por nuestros vecinos portugueses recorriendo tierras portuguesas y españolas, partiendo desde Idanha-a-Nova (Portugal) hasta llegar a Zarza la Mayor (España) pasando por las localidades portuguesas de Alcafozes, Touloes y Salvaterra do Extremo, y cruzando la frontera por el puente del Río Erjas.

Había opción de apuntarse a la marcha completa de 111 Km. o a la corta de 60 Km. que acababa en Zarza la Mayor, desde donde te llevaban de regreso a la salida en autobús y la bici te la llevaban en un camión. Más inscritos en la ruta larga (568) que en la corta (432), aunque debido a un fortísimo golpe de calor (mi termómetro llegó a marcar los 44º C, como podéis ver en las fotos) hubo un abandono masivo de ciclistas inscritos en la larga (yo incluido) que al llegar a Zarza la Mayor tras los primeros 60 Km. decidimos terminar la prueba y tomar la opción de regreso en autobús. En concreto, fuimos 258 los que abandonamos (un porcentaje elevadísimo para lo que es habitual), frente a los 185 valientes (o locos) que decidieron hacer la ruta completa.

Para los que continuaron en busca de los 111 Km. de “gloria”, la ruta regresaba a Portugal cruzando la frontera por otro punto del Río Erjas y pasando luego por las localidades portuguesas de Segura y Zebreira antes de acabar nuevamente en Idanha-a-Nova. Aunque según contaron algunos de los que acabaron, más que “gloria” lo que encontraron fue un montón de “sufrimiento” debido al terrible calor y a la dureza en sí mismo de la prueba, que para colmo acababa con una fuerte subida a Idanha-a-Nova rematada por los últimos metros finales adoquinados con los que estoy seguro que más de uno tuvo pesadillas aquella misma noche. Para muestra, os copio aquí lo que dijo al respecto uno de los pocos compañeros que acabó el recorrido entero (uno de los pacenses del Club Ager): “Amigo Rafa, créeme cuando te digo que la ruta fue dura al margen del calor, los caminos eran intransitables, mucho tiempo andando y lo que es peor cargando con la bici, cuando teníamos ya 90 Km. en las piernas nos meten por un cortafuegos, ‘ni camino ni ná’, y la subida al pueblo no la subes ni fresco como una lechuga. Pero bueno, estas son las rutas que te hacen crecer, así que si tu vas el año que viene cuenta conmigo también...“

Vuelvo a repetir que la organización fue excelente, y a las 09:30 salíamos de Idanha-a-Nova en donde unos compañeros de la TV portuguesa me habían entrevistado momentos antes de la salida y a su pregunta “¿será difícil y cansado?” yo les había contestado: “no, ¡está chupado!”... jajaja... ¡menos mal que no me volvieron a entrevistar al retirarme!!!... jajaja..., pero la verdad es que antes de la salida nadie se esperaba que fuera a hacer aquel terrible calor que acabó con la mayoría de nosotros, ya que la ruta en sí no era especialmente dura y los 1.100 metros de desnivel en 60 Km. eran muy llevaderos y estaban dentro de lo habitual de la mayoría de las rutas similares que solemos hacer.

Una curiosidad: de los 1.000 inscritos a mí me dieron justo el dorsal número 1.000 ya que había habido un error con mi inscripción y a última hora me cedieron este número que en principio se había reservado una de las organizadoras. Justo antes de la salida me encontré con el dorsal número 1, que llevaba una simpática portuguesa llamada Cristina y que quiso que nos hiciéramos una divertida foto juntos que podéis ver junto a las demás.

Tras la salida formando un gran pelotón por las bonitas calles de Idanha-a-Nova, el primer punto de interés de la ruta lo encontramos en la Presa y el Embalse del Mariscal Carmona (Barragem Marechal Carmona en portugués), aunque justo antes hay una interesante bajada hasta el mismo pie de la presa en donde vadeamos el Río Ponsul y nos chupamos una buena subidita hasta llegar a la base de la misma.

Esta no es una marcha de montaña, por lo que transitamos más bien a través de campos y tierras de cultivo, siendo la cota máxima a la que subimos sólo de 404 metros. Llegamos a Alcafozes, donde nos esperan el primer avituallamiento, la Iglesia mayor, una bonita cruz blanca y un curioso monumento con un avión T37c cedido por la portuguesa Patrulla Acrobática Dos Alas, justo tras el cual se encuentra medio escondida en un recinto la Ermita Santuario de Nuestra Señora De Loreto, patrona universal de la aviación, motivo por el cual se encuentra allí el avión. Además, en esta localidad se celebra una importante fiesta con este motivo a principios de septiembre, fiesta en la que participan activamente las Fuerzas Armadas portuguesas. La pena es que justo en el momento en que iba a pasar por delante de la ermita me atacaron cámara en mano un par de “paparazzis” de esos que te cobran luego por las fotos (yo fui más rápido que ellos inmortalizándoles con mi propia cámara, aunque no pienso cobrarles la foto si la quieren) y pasé de largo sin darme cuenta de que la ermita estaba allí esperando a que me parara unos instantes a echarle un vistazo y registrarla con mi cámara para la posteridad.

Seguimos transitando por terrenos similares hasta llegar a Touloes, donde nada más pasar la Iglesia está el primer punto de control sorpresa (había 4 en total) y también el segundo avituallamiento del día. Paro a reponer fuerzas, como todo hijo de vecino, y una amable señora portuguesa, de esas que colaboran de corazón con la organización y a las que debemos agradecer siempre su altruista generosidad para que nosotros disfrutemos a tope de este tipo de marchas, pues va y me ofrece una magdalena... ¡Pufff!!!..., con el calor que hacia ya..., con la garganta seca y llena de polvo que traíamos todos... ¡¿Quién se mete una magdalena así en esas condiciones???!!!... jajaja... Al principio la rechacé amablemente, pero la buena mujer insistía tanto que no pude negarme y hacerle un feo, así que me la tuve que zampar delante de ella (que no se iba y me miraba feliz), sintiendo cómo se me hacía una bola en la garganta que tuve que pasar bebiéndome de golpe dos botellines enteros de agua... jajaja...

Una vez repuesto de mi ataque de “magdalenitis”, continúo camino, siendo en este tramo donde empieza a acentuarse el efecto del calor ya que empezamos a rondar los 38º C por un terreno con bastantes subidas y bajadas de esas un poco rompepiernas. Alcanzamos el bonito Puente Romano que destaca imponente en mitad del paisaje un tanto seco, y a partir del cual nos esperaba la subida a Salvaterra do Extremo, subida no muy dura de 150 metros de desnivel en unos 5 kilómetros, pero en la que a mí me coincidió con el duro golpe de calor en el que ya alcanzamos los 43º C.

Tras subir un primer repecho de 50 metros de desnivel, hay un pequeño respiro en el que se bajan otros 25 y en el que estaba el segundo punto de control sorpresa. Subimos otros 40 metros más y llegamos a la Fuente Joanina de Salvaterra en la que la mayoría paramos a refrescarnos (o más bien a refrigerarnos) intentando librarnos del sofocante exceso de calor. Tras sumergir la cabeza entera en el pilón y beber un buen trago de agua fresca, descanso unos minutos y continúo subiendo los 60 metros de desnivel que quedan hasta alcanzar Salvaterra do Extremo (lo de “extremo” debe ser por lo del calor, ¿no???). Son unos metros difíciles debido al calor y a que están bastante empinadillos y adoquinados, pero por suerte no son muy largos... Aún así, cuando llego a la plaza donde está el tercer avituallamiento el aspecto es desolador ya que se ven ciclistas tirados por todas partes evidentemente afectados por el tremendo calor asfixiante del que uno no sabe ya cómo librarse... Os aseguro que allí el metro cuadrado de sombra estaba mucho más cotizado que el mismísimo metro cuadrado comercial de la calle Serrano...

El calor aprieta más y más, pero hay que seguir ruta... La sensación es como cuando te tienes que meter bajo una ducha de agua helada pero al revés... tienes que salir de la sombrita y lanzarte de lleno al sol abrasador que te quema y te va cociendo a fuego lento al mismo tiempo... y además tienes que seguir dando pedales... ¡ufff!!!... Aún así me lanzo sin pensarlo más y me monto en la bici para seguir... ¡para seguir subiendo un poco más!!!... ¡que para colmo sigue siendo un poco cuesta arriba!!!... jajaja... (me río por no llorar...) jajaja... Es justo aquí, a los pocos minutos de salir cuando mi termómetro marca el tope de 44º C... ¡Madre mía, qué fríoooo!!!... jajaja... ¡No os perdáis la foto que me hice en ese momento!!!... ¡Parezco un sapo a punto de reventar o un cangrejo hirviendo!!!... jajaja...

Montado en la bici uno se va preguntando: ¿Es que no hay manera de librarse de esta angustiosa sensación de calor??? Pues sí, sí que la hay... basta con meterte en un problema más chungo para que te olvides del anterior... y eso fue lo que pasó... porque al poco de salir nos encontramos con la chulísima y divertida bajada al Río Erjas por la Calzada Romana... Chulísima y divertida sí que era, os lo puedo asegurar, pero es que también era cansada de cojones... y era lo que nos faltaba para rematar la faena... jajaja...

La verdad es que cuando uno está cansado (en este caso más bien agobiado por el calor, pero cansado al fin y al cabo), la dificultad de las bajadas técnicas parece que se multiplica por mucho y causa un efecto demoledor... y como además la mayoría somos unos burros y no cedemos, pues intentamos bajar montados el mayor tiempo posible en lugar de claudicar y echar pie a tierra cómodamente... En este caso, el cuerpo constantemente en tensión por la dificultad misma de la bajada sumado al continuo traqueteo y rebote al rodar sobre las piedras de la calzada romana va minando nuestras fuerzas rápidamente.

Suerte que a un poco más de la mitad de la bajada llegamos a un espléndido mirador sobre el propio Río Erjas en el que merece la pena parar a descansar y disfrutar un rato del paisaje, aunque fue justo al ir a parar ahí cuando en uno de los miles de rebotes sobre las piedras romanas casi me incrusto el sillín en el bullarengue... pero por suerte, y aunque fue un poco doloroso, creo que aún sigo siendo virgen por ahí...

Mientras reposaba mi dolorido trasero y admiraba el paisaje en el mirador, aproveché para grabar el vídeo que podéis ver junto con las fotos y en el que se ve claramente cómo más que bajar vamos rebotando una y otra vez sobre las grandes piedras de la calzada.

Abandono el mirador y justo al salir hay unos pasos un poco más chungos en los que prefiero no arriesgar y mejor los paso andando aunque, como de costumbre, alucino con la mayoría de la gente que los pasa montados demostrando tener una gran técnica y pericia y, sobre todo, tener mucho menos temor a romperse la crisma del que tengo yo..., que además siempre prefiero no arriesgarme a arruinar el día o quién sabe si algo más con una caída en mitad de la ruta...

Es tras una de esas curvas empinadas y reviradas cuando aparece frente a nosotros en lo alto de una colina sobre un pequeño cañón por el que va el río, lo que queda del Castillo de Peñafiel. Fotos de rigor y lástima de no pasar por el propio castillo para poder verlo mejor, aunque no sé si el camino de vuelta pasaba por allí o no (en la edición anterior sí se pasaba porque yo había fotos en el castillo).

Si de verdad queréis saber cómo es la bajada por la calzada romana, no os perdáis el vídeo del año pasado en el que en los minutos del 11 al 18 están dedicados a la misma, con imágenes realmente interesantes. Podéis verlo en: http://www.btt-tv.com/index.php?option=com_content&task=view&id=23&Itemid=55

La bajada termina prácticamente en el Río Erjas, frontera natural entre España y Portugal, en donde tomamos un sendero paralelo al mismo hacia el puente que nos cruzará a España. Este sendero es muy bonito, pero también un poco peligroso para ir montado en algunos tramos, e incluso hay que cargar con la bicicleta al hombro para subir un par de escalones.

Llegamos al puente junto a una zona del río en la que suele ir la gente a bañarse a modo de piscina natural. Cuando yo llegué había algún ciclista que otro en el agua remojándose los pies, pero lo curioso ha sido ver en los días siguientes fotos en las que se ve a ciclistas bañándose en el río completamente vestidos, con casco, ropa, guantes y zapatillas como consecuencia obviamente del calor extremo que sufrimos aquel día... ¡no os perdáis esas fotos que he incluido con las demás!!!...

Por suerte, cuando yo llego al puente, la temperatura ha bajado un poco, a 39º C o así, pero el cansancio acumulado y el calorazo anterior ya han hecho mella en nuestra moral y la mayoría ya tenemos bastante claro que en cuanto lleguemos a Zarza la Mayor nos vamos a retirar seguro porque no merece la pena seguir sufriendo... Es aquí donde me junto con los 4 compañeros pacenses del Club Ager, de Badajoz, con los que he coincidido a tramos por el sendero del río en el cual les había asegurado que una vez cruzado el puente ya podíamos morir tranquilos porque ya seguro que nos enterraban en tierra española... jajaja...

Afrontamos los últimos kilómetros por la amplia pista de la cañada real, que en su primer tramo es en ligera subida pero que ya se nos hace demasiado cuesta arriba... Aún así hacemos el último esfuerzo y le damos caña sabiendo que ya queda muy poco, y tras coronar una lomita vemos ya Zarza la Mayor frente a nosotros, en la que destaca la Iglesia Parroquial de San Andrés entre los tejados naranjas de las casas del pueblo.

Al final, tras casi 5 horas de bici, entramos en el pueblo y llegamos a la Plaza del Rollo, donde está el tercer control sorpresa del día, el cuarto avituallamiento y la mesa de control de tiempos de los que están apuntados sólo a los 60 Km., que acaban aquí, aunque también es ahí donde nos apuntan a los de los 111 Km. que nos retiramos encantados y sin ningún tipo de miramientos ni arrepentimientos... Seguro que de no haber opción de abandono habríamos hecho los 111 sin problema, aunque con más pena que gloria, pero dada la situación era un poco absurdo continuar cuando ya no estábamos disfrutando realmente sobre la bici. Además la vuelta era prácticamente por los mismos terrenos y paisajes, con lo que no nos perdíamos nada nuevo, así que hicimos buena la típica frase que dice que “una retirada a tiempo es una victoria...”.

En la plaza, más de lo mismo, un montón de ciclistas reventados por el calor y el cansancio desparramados por la sombrita mientras tomamos algo de fruta y agua y vemos como algún que otro compañero no duda en meterse a darse un baño para refrescarse en la fuente que hay en el centro de la plaza... Dos compañeros del Club Ager deciden seguir adelante mientras que Rafa y Miki se retiran y me voy con ellos hacia la plaza de toros donde espera el camión de transporte de bicicletas y el autobús para llevarnos de regreso a Idanha-a-Nova.

De camino, vemos la Iglesia Parroquial de San Andrés, el edificio del Ayuntamiento y la curiosa Ermita de San Juan con su bonito arco adjunto bajo el cual pasamos. En el pueblo hay más lugares bonitos que merece la pena visitar, pero el cansancio hace que vayamos directos al autobús. Entre otros se pueden ver la Ermita de San Bartolomé, la Fuente “La Conceja”, la gran Cruz a los Caídos, las Tres Cruces o la Ermita de Sequeros con su bonita Fuente. He añadido fotos de todos ellos.

Llegamos al camión donde hay que cargar las bicis y aún nos tenemos que chupar la cola a pleno sol esperando nuestro turno, pero nos aliviamos pensando que peor sería si estuviésemos por ahí dando pedales también a pleno sol... Una vez más, la organización estuvo de chapeau, ya que os podéis imaginar el tremendo esfuerzo que supone transportar a unos 700 ciclistas con sus bicis entre dos pueblos que distan casi 70 Km. entre sí. Además, en cierta manera se vieron desbordados ya que las previsiones eran sólo para los que iban a hacer los 60 Km. y algún que otro que abandonara, pero seguro que al final llenamos 3 o 4 autobuses y camiones más de lo previsto.

Aquí en la cola me encuentro con Jorge, un compañero de Cilleros que me había saludado por la mañana ya que al día siguiente teníamos una marcha de 55 Km. precisamente en Cilleros (Badajoz), a pocos kilómetros de allí, y me había reconocido al ver la matrícula de Madrid de mi coche y saber que yo estaba apuntado en las dos marchas. Jorge también pensaba hacer los 111 Km. (era la primera vez que intentaba hacer una marcha de 100 Km.), pero sufrió el golpe de calor como todos y también decidió retirarse a tiempo antes de pasar a males mayores. Por cierto, que al día siguiente hicimos una ruta guapísima en Cilleros en la que la temperatura no pasó en ningún momento de unos agradables 29º C, pero esa es ya otra historia...

Regresamos en el autobús, fresquitos con el aire acondicionado, charlando con Rafa, Miki, Jorge y su amigo Javier, también de Cilleros. Cuando llegamos a Idanha-a-Nova sobre las 16:30 hay opción de ducharse en “las escuelas” e ir a recoger la bici antes de las 17:00, hora en la que está previsto empezar a zampar bajo una enorme carpa en la que, una vez más, la excelente organización de los amigos portugueses, nos han preparado una buena comilona a base de judías con arroz y carne asada de varios tipos para terminar de amortizar los bien invertidos 20 € que costaba la inscripción en la prueba.

A las 16:30 habían acabado la marcha entera de 111 Km. sólo 28 ciclistas, incluida la primera fémina de las tres que acabaron, y que llegó a las 16:17. El primero de los chicos había acabado a las 14:41 ¡en poco más de 5 horas!!!... ¡Casi cuando nosotros llegamos a Zarza la Mayor!!!... A las 17:00 ya habían llegado 42 ciclistas de los 185 que acabaron y de los que los últimos 100 terminaron entre las 18:00 y las 21:20 en que llegó el último tras casi 12 horas de bici...

Por último, a las 17:30, cuando ya me marchaba hacia mi hotel en Moraleja para descansar, al bajar en mi coche por las adoquinadas calles de Idanha-a-Nova, me crucé con un par de ciclistas que debían andar por el puesto 70 y que subían despacito despacito, con cara de mucho sufrimiento y agotamiento... Y os aseguro que en ese momento di un respiro y me alegré profundamente de no estar en su lugar... pero también es cierto que al mismo tiempo en el fondo sentí una gran envidia sana al saber lo mucho que se disfruta y lo enormemente satisfecho que te quedas cuando acabas una ruta de estas características y en esas condiciones...


Podéis ver todos los datos de la organización y las clasificaciones en la web oficial:

http://www.escolaaventura.com/Idanha07/index.htm


Podéis ver más fotos de otros participantes en:

http://btt-ctb.blogspot.com/2007/05/ii-maratona-internacional-idanha.html

http://mulheresbtt.blogspot.com/2007/05/ii-maratona-idanha-nova-zarza-la-mayor.html

http://tiagussbtt.blogspot.com/

http://picasaweb.google.com/victor.rebelo/IIMaratonaIdanhaZarza2007

http://www.agneloquelhas.com/trilhos/index.php?option=com_content&task=view&id=32&Itemid=1

http://www.imagemradical.com/2007_05_19_maratona_btt_idanha_a_nova.htm

http://www.abtfoto.com/site2/detalhes2.php?id=223

http://www.foromtb.com/showthread.php?t=159782&page=8

http://bttour.com/forumbtt/viewtopic.php?p=1079&sid=a8810099087e82f0ebc8a0d4e8800208

http://santamalta.fotopic.net/c1284740.html


También podéis ver el vídeo del año anterior por el mismo recorrido en:

http://www.btt-tv.com/index.php?option=com_content&task=view&id=23&Itemid=55


Saludos,
David López Portela.
davidlopezportela@yahoo.es

Tiaguss disse...

Também espero que para o ano seja em Março ou Abril. Antes chuvada que aquele intenso calor!
Desde que também não coincida em cima da Maratona de Castelo Branco que para mim, foi uma das que mais gostei este ano.

Boas pedaladas
Tiago Lages