sexta-feira, março 31, 2006

Nas calmas

Hoje, apenas o Filipe e eu para uma voltinha (38kms). O Dino e o Martin, optaram pelo asfalto (força rapazes!!!). O Marco também não estava disponível. Pelas 9h30 lá fomos. Seguimos em direcção ao Aeródromo. Vimos como a água ainda está abundante nos "charcos" que se nos deparam ao longo do percurso.
Muitas cegonhas, algumas ovelhas, muitas flores. Já se nota claramente que a Primavera veio para ficar. A nossa indumentária também mudou. Roupas mais frescas para não padecer com as temperaturas, já significativas, que se fazem sentir na nossa região.
Depois do Aeródromo, cruzámos a linha de Caminhos de Ferro e rumámos ao Parque de Campismo. Para quem conhece a zona, já sabem que foi uma etapa mais plana que o habitual.
Após o Parque de Campismo, decidimos fazer uma parte do Passeio de Natal da Associação de Cicloturismo de Castelo Branco.
A voltinha acabou nas avenidas novas e aproveitámos para pedalar na Ciclovia.
Antes de rumar a casa, ainda demos um tratamento de limpeza às nossas bicis com a ajuda do Elefante.
Venha a próxima saída!!!















Ao Pôr-do-sol !

Ontem ao fim do dia fomos eu e o Vitor fazer o último troço da Maratona de CB, é que os 40km de sábado souberam-me a pouco!
Aproveitando o facto de ter montado um suporte do GPS no guiador, tive oportunidade de utilizar o modo seguir o percurso pré-gravado da Maratona (Graças ao PJFA), foi o que nos valeu porque não conhecia aquelas paisagens e havia zonas sem caminho marcado... (é que andam a lavrar a zona e cortaram o percurso)

Com este magnifico por do sol ao fim da tarde, o tempo começou a arrefecer e estava na hora de voltar, pelo que escolhemos voltar pela estrada para ser mais rápido.

Agora com os dias maiores, os passeios durante a semana já são uma realidade !!!















sábado, março 25, 2006

Maratona de Castelo Branco

Saímos de Castelo Branco, o Nuno e eu, em direcção à Pista de Desportos Motorizados, pelas 8h15. A chuva caía. Passados +-5Kms, chegámos e já havia muita gente a tratar das bicicletas, a fazer o aquecimento, a tirar fotos de grupo. Após alguns minutos, por volta das 9h00, um "speaker" alertou os participantes para alguns pontos mais complicados, a marcação do percurso com placa brancas com letras azuis, os abastecimentos (km: 23, 42 e 63), os números de telefone de emergência (que figuravam na "placa" com o número de atleta).
Lá saímos, em grupo. Assim que "colocámos" as rodas na terra, tentámos ganhar ritmo. Ao km 7/8, confusão!!! Uma vintena de participantes (nós incluídos) seguiu um percurso incorrecto (segundo apurámos, junto da organização, no final, alguém arrancou as fitas de sinalização). Resultado, abrandamento do ritmo, paragens, alguma desorientação. Ao todo quase 4 kms de desvio do percurso traçado. De volta ao percurso, avistámos, muito ao longe, o grupo já ao cimo de uma subida com alguma inclinação. Iríamos pagar caro aquele engano.
Ritmo recuperado, passámos por concorrentes já em dificuldades mecânicas - furos e correntes partidas.
Primeiro abastecimento. Muita fruta, "sandes", águas, sumos. Tendo em conta que estávamos quase na cauda da maratona, não nos podíamos queixar da oferta. Antes que a malta arrefeça, toca a pedalar. A chuva já nos tinha dado tréguas e à medida que os km iam passando, o tempo foi melhorando.
Chegámos à separação dos dois grupos. 40km para a esquerda, 80 km para a esquerda. Nesta altura, já o Nuno me tinha passado o testemunho - que é como quem diz, o GPS. A minha "missão" era gravar o percurso TODO. Para isso tinha de chegar ao fim. E estava disposto a isso. Atrás de mim, apenas 2 concorrentes.
Primeiras dificuldades do 80. Muita lama, terreno acidentado, subidas feitas a pé. Após alguns metros, descidas, descidas, descidas. Claro que, se descemos, temos de subir. Teve de ser a pé. Uma subida com muita inclinação, não muito longa mas desmoralizante.
Finalmente, encontro participantes, também eles a pé. Passo por eles, troco umas palavras de ânimo e continuo. Já em cima da bici, começo a passar por pequenos grupos que tiveram alguns problemas - correntes e amortecedores. A lama não perdoa e a falta de manutenção, também não. Chego ao marco geodésico, já meu familiar de outras voltinhas. A partir deste ponto, descida até ao ponsul. Este ponto estava assinalado, pela organização como "Descida Perigosa". Viemos a saber, no final, que alguém "trocou" a descida. O caminho certo era para a direita e nós (os últimos) fomos em frente.
Estive muito tempo, novamente, sem ver participantes. Já perto do km 40, apanho mais um grupo. Acompanhei-os até ao abastecimento. Aqui, a grande falha da organização. Estavam dois elementos, com um carro de apoio mas, sem água e sem comida. Imperdoável, tendo em conta o que tínhamos pela frente (um percurso acidentado e sempre, ou quase sempre a subir). Eu, felizmente, tinha água de reserva mas, outros participantes, e eram uma dezena, não tinham essa sorte. Valeu, após 300m, uma fonte, em propriedade privada, para "abastecer" os "camelbags". Neste ponto, já eu pedalava junto ao Barradas, um BTTista de Castelo de Vide - o qual conhecia do "forumbtt.net". Iríamos fazer o resto da maratona em conjunto.
Ao km 55 começo a fraquejar. A fome estava a apertar e as barras energéticas foram a minha salvação para chegar ao próximo abastecimento, ao km 63. Aqui sim, muita fartura ("sandes", água, sumos, barras energéticas). Faltavam +- 20kms para o final. Devido a algum esgotamento físico, por causa da falha no abastecimento anterior, alguns atletas optaram por rumar a Castelo Branco.
Nós, um grupo de uma dúzia de BTTistas, seguimos em frente, já só faltavam +- 20kms. Este fim de percurso foi marcado por piso mais rolantes, apesar de, esporadicamente, ser mais irregular.
Passámos pela ponte de madeira, construída na noite anterior pela organização e ainda tivemos direito a foto. Estava o José Luís e o P.J., organização e Cruz Vermelha, respectivamente.
O Barradas e eu, apanhámos um grupo muito divertido já ao km 65/70. Decidimos fazer o resto da maratona juntos. Claro que isto não podia acabar sem um problema mecânico. Um dos elementos do grupo ao qual nos unimos, partiu a corrente. Prontamente, o Barradas prestou auxílio, até à chegada de uma "pick-up" da organização. Um dos membros era mecânico (das "Bicicletas Santiago") e resolveu, rapidamente, a avaria. Lá seguimos, alegremente, para o final da prova.
Sete horas após a saída do parque, chegámos ao fim.
O objectivo estava cumprido.